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Fragmento do livro "Seitas e Heresias" - Um cristão pode frequentar a maçonaria?

Se podemos crer na afirmação de Jesus de que ninguém pode servir a dois senhores, sem devotar mais atenção a um do que ao outro, haveremos de concordar com a impossibilidade de o crente ser fiel a Deus e à sua Igreja, e à sua Loja maçônica ao mesmo tempo.

Contra o envolvimento do crente com a Maçonaria, levantam-se vozes as mais respeitáveis no seio da Igreja de Cristo, dentre os quais se destacam pastores, teólogos e mestres.

5.1. Dwight L. Moody

Moody, fundador da Church Moody, do Instituto Bíblico Moody e das Escolas Northfield, o mais famoso evangelista do seu século, com base em 2 Coríntios 6.14: "Não vos ponhais de­baixo de um jugo desigual com os incrédulos", disse o seguinte sobre o envolvimento do crente com a Maçonaria:

"Deveis abandonar as sociedades secretas, se quiserdes obe­decer a este versículo. Crentes e incrédulos se confundem ali; por­tanto os cristãos ficam debaixo de um jugo desigual...

"Não posso compreender como um cristão, e acima de tudo um ministro do Evangelho, pode assentar-se nessas sociedades secretas com os incrédulos. Os que assim procedem afirmam que o fazem para exercer influência em favor do bem; afirmo, po­rém, que poderiam exercer melhor influência em favor do bem, permanecendo fora delas e reprovando as suas más ações. Abraão teve mais influência para beneficiar Sodoma do que Ló. Se 25 cristãos se reúnem numa loja com 50 não-cristãos, estes poderão votar algo que lhes agrade e os 25 cristãos serão participantes dos seus pecados. Estão debaixo de um jugo desigual com os incrédulos...

"Abandonai a Maçonaria. E melhor um com Deus que mil sem Ele. Devemos andar com Deus; e se somente um ou dois nos acompanharem, tudo está bem. Não deixemos cair o pendão real para agradar a homens que amam as suas lojas secretas, ou que, tendo pecados prediletos, não os querem abandonar".

5-2. J. H. Harwood

Interpretando Salmo 1.1, Harwood desaconselha o envolvimento do cristão com a Maçonaria, nos seguintes termos:

"Sou e sempre fui contrário às sociedades secretas... Ao iniciar a luta pela vida, vendo a espécie de homens que pertenciam às soci­edades secretas existentes, e as suas disparatadas parvoíces em reu­niões públicas, e a qualidade moral dos homens que eram os seus guias religiosos, e ouvindo as suas opiniões sobre religião, sobre a Igreja de nosso Senhor e as suas reivindicações tolas — pois colo­cam as suas instituições ao lado, ou acima, da Igreja de Cristo —, eu percebi que a sua influência era positivamente má, e essencialmente contrária à verdadeira vida religiosa ou à experiência religiosa...

"Não pude ver nenhuma vantagem que não fosse igualada ou sobrepujada na Igreja de Cristo, ou no lar... As sociedades secretas são essencialmente egoístas, limitando os seus atos beneficentes aos sócios e às suas respectivas famílias, enquanto Cristo e sua Igreja procuravam praticar o bem diretamente a todos, sem fazer distinção...

Não há lugar para a Loja ou para a sociedade secreta e privati­va na economia que Jesus Cristo implantou".

5.3. W. J. Erdman

Erdman, famoso expositor da Bíblia, disse categoricamente: "Um cristão não pode pertencer a uma sociedade secreta, à qual se liga por juramento, e ser fiel à Igreja de Cristo, porque passará a ter íntima comunhão com homens, muitos dos quais não são regenerados e rejeitam a Cristo como Senhor e Salvador.

Tais sociedades criam relações artificiais e fictícias inteira­mente estranhas ao Cristianismo, e são exóticas, quando observa­das de um ponto de vista humanitário".

5.4. R. A. TORREY

Indagado se "Deve um cristão continuar como membro de uma organização secreta?", respondeu o doutor Torrey, escritor e evangelista mundialmente famoso:

"Não. Não compreendo como um cristão que estuda inteli­gentemente a Bíblia, assim proceda. A Palavra de Deus diz cla­ramente em 2 Coríntios 6.14: 'Não vos ponhais debaixo de um jugo desigual com os incrédulos, pois que sociedade pode haver entre a justiça e a injustiça, ou que comunhão tem a luz com as trevas?'

"Todas as sociedades secretas, de que tenho tido conhecimen­to, são constituídas, em parte pelo menos, de incrédulos, isto é, de pessoas que não aceitaram a Jesus Cristo e nem entregaram a sua vontade a Deus. A luz deste mandamento expresso na Palavra de Deus, não percebo como um cristão continue como membro de­las. Não estou afirmando que não haja cristãos entre os maçons; conheço muitos cristãos excelentes que foram membros de socie­dades secretas; mas como puderam eles conciliar os dois interes­ses é que eu não posso entender. Muitos continuaram como mem­bros da Maçonaria e de ordens similares, simplesmente porque não estavam familiarizados com os ensinos da Palavra de Deus sobre o assunto.

"Além disso, as Sagradas Escrituras são mutiladas no ritual maçônico, em algumas sociedades secretas. O nome de Jesus Cristo é omitido nas passagens em que ocorre, a fim de não melindrar os judeus e os incrédulos. Como um cristão pode ser membro de uma sociedade, que manuseia fraudulentamente a Palavra de Deus, e acima de tudo, omite o nome de seu Senhor e Mestre, eu não pos­so compreender.

"Ainda mais, juramentos, de caráter horrível, são exigidos em algumas lojas, e há cerimônias que são simplesmente caricaturas das verdades bíblicas, como por exemplo a cena de uma simulada ressurreição".

5.5. Charles Herald

Charles Herald, por muitos anos pastor de uma Igreja Congregacional no Brooklin, Nova Iorque, disse o seguinte sobre a cumplicidade de alguns cristãos com a Maçonaria:

"É difícil criticar os melhores amigos e muitos dos meus per­tencem a Sociedades Secretas. Embora não seja meu desejo julgá-los, considero-os como homens desviados. Posso apenas falar so­bre a minha experiência atual com respeito a estas sociedades se­cretas.

"Em primeiro lugar, vi uma igreja inteiramente arruinada em sua espiritualidade e em seu eficiente serviço cristão, porque o seu conselho se compunha principalmente de maçons e de homens pertencentes a outras ordens secretas.

"Em segundo lugar, vi crentes, às dezenas, tornarem-se mun­danos e abandonarem a igreja, quando começaram a freqüentar regularmente as reuniões da Loja.

"Em terceiro lugar, eu ouvi dos lábios de dezenas mais, que a religião da Loja era suficientemente boa para eles. A Bíblia, como plano divino de salvação, é rejeitada e substituída pelo cartaz — "Nova Religião".

5.6. C. A. Blanchard

O doutor Blanchard foi um respeitado mestre cristão. Sobre a Maçonaria face à Igreja de Cristo, disse ele certa ocasião:

"Há três grandes inimigos da Igreja de Jesus Cristo neste mun­do: o dragão, a besta e o falso profeta. O dragão é a velha serpente, o demônio; é Satanás. É também chamado o destruidor e o acusa­dor. A besta, autoridade ímpia. Em Daniel e Apocalipse são feitas várias referências que justificam esta interpretação. Os estandar­tes nas nações nunca trazem figuras de aves ou animais domésti­cos, mas sempre representações de aves e animais de rapina. O falso profeta representa a religião sem Cristo. E uma personifica­ção de todos aqueles sistemas de fé e prática, que têm ensinado que o homem pode justificar-se pelos seus próprios esforços. O seu característico distintivo é professar a Deus e ter esperança numa imortalidade abençoada, sem necessidade de arrependimento ou de sacrifício vicário.

"A Bíblia mostra a relação que estes três inimigos da Igreja mantêm entre si e a Igreja. O dragão anima a besta e o falso profe­ta, e a besta carrega a prostituta e a mãe das prostitutas, isto é, os sistemas religiosos não-cristãos do mundo. O falso profeta guia a besta; Satanás, as nações ímpias, e os sistemas religiosos não-cris­tãos procuram juntamente a destruição das almas, o aniquilamen-to da Igreja Cristã, tornando impossível o estabelecimento perma­nente do Reino de Deus.

"As associações secretas, nos nossos dias, são as representa­ções mais típicas destes três adversários que o mundo já conhe­ceu. São despóticas e assassinas na sua atitude governamental; e, no seu caráter religioso, são anticristãs, falsas e hipócritas.

"Estou cada vez mais crente de que o Anticristo da Grande Tribulação será escolhido pelas lojas secretas do mundo. Não é preciso argumento para demonstrar qual a atitude que as organiza­ções cristãs devem ter para com estes seres monstruosos."

5.7. James M. Gray

O reverendo Grey foi por muitos anos pastor da Igreja Moody, Deão do Instituto Bíblico Moody, escritor e teólogo de grande reputação. Sobre o tema: "A Loja - Uma Contrafação Espiritual", disse o seguinte:

"Há mais de 1.200 anos, Satanás tem tido uma igreja falsificada na Terra e somente bem poucos são capazes de distinguir os traços característicos da prostituta, dos traços da Esposa do Cordeiro. O espiritualismo, com as suas doutrinas diabólicas, os seus templos, os seus oráculos, e com os seus fenômenos misteriosos; o racionalismo, com a sua deificação dos poderes humanos, e a subs­tituição da vida espiritual pelo intelectualismo; o romanismo, com a sua invocação de santos, a sua adoração de relíquias, os seus altares, a sua casta sacerdotal e tradições; todos estes são religiões falsas, que o príncipe das trevas faz circular no mundo como moe­das legítimas.

"Faremos a devida distinção a quem se opuser à classifica­ção do sistema maçônico nesta categoria. Notamos o caráter be­nevolente do sistema, a moralidade dos seus ensinos, e a boa reputação de que gozam muitos dos seus membros. Sem estas coisas, a Maçonaria não podia ser classificada como impostora. Elas são o sine qua non para a sua circulação e o arqui-impostor é muito hábil para negligenciá-las. Mas, por outro lado, o sistema das ordens secretas, pelo menos a Maçonaria, tem a sua origem numa fonte paga, pois os seus símbolos, ritos e regras são os mesmos dos antigos mistérios do paganismo. Não adora o Deus das Escrituras, mas, sim, um 'ideal' da sua própria concepção. A Maçonaria tem os seus batismos e o seu novo nascimento, as suas orações e cerimônias, os seus castigos e recompensas. Os homens proclamam-na 'como uma igreja toda suficiente' para eles. Os cristãos maçônicos preferem as suas assembléias às reu­niões de oração. As suas reivindicações são absurdas, quando não blasfemas; os seus métodos, em certos casos são fraudulen­tos e os seus ensinamentos heréticos. As características essenci­ais de todos os outros impostores encontram-se no sistema ma­çônico, e, embora isto não seja remate de todos eles, contudo é tão perigoso como qualquer deles em sua tendência para roubar dos homens a sua herança clara e satisfatória, em Cristo, o seu único Salvador...

"Este testemunho não é escrito como remédio, mas como pre­ventivo. Espero que ele possa despertar os crentes moços, levan­do-os a investigar o sistema maçônico sob o ponto de vista bíblico e espiritual, antes de se tornarem corrompidos e confundidos por essa sociedade.

"Jesus Cristo disse: 'Se alguém me segue, meu Pai o honrará'. E difícil servir a Cristo em um sistema que proíbe pronunciar o seu nome na oração. Como consideramos a 'honra que vem so­mente de Deus', separamo-nos de tudo o que oculta o genuíno e agradável serviço de Jesus Cristo".

5.8. O Salmista Davi

"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conse­lho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de água, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer pros­perará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios con­duz à ruína" (SI 1).

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