TEXTO ÁUREO
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não são do Pai, mas do mundo.” (1 Jo 2.16).
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não são do Pai, mas do mundo.” (1 Jo 2.16).
VERDADE APLICADA
Devemos preservar os nossos lares para impedir que não seja desqualificado o que foi criado por Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR os perigos dos meios de comunicação;
► RESSALTAR os constantes ataques que a família vem sofrendo;
► EXPOR os prejuízos causados pela democratização e vulgarização do casamento.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 Co 6.19 - Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
1 Co 6.20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
1 Co 10.23 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
2 Co 13.5 - Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
INTRODUÇÃO
A reflexão de hoje nos mostra um panorama, onde a família cristã está sujeita aos ataques contra a moral e os preceitos divinos. Ter clareza dos padrões estabelecidos por Deus nos ajudarão a permanecer irredutíveis, quanto às verdades bíblicas, através de respostas claras, quando pedirem a razão da nossa fé.
1. MEIOS DE COMUNICAÇÃO E REDES SOCIAIS
Os meios de comunicação facilitam a informação e ajudam a sociedade, diante da configuração atual. Longe da pretensão de colocá-la como vilã, analisaremos sob o ponto de vista de ser apenas uma ferramenta, adquirindo o status de benéfica ou maléfica, dependendo da forma de utilização. Se não tivermos ante a tecnologia, a pretensão de onisciência, se nos mantivermos críticos e submetermos à luz das Escrituras tudo o que nos é apresentado, poderemos ser preservados e preservar nossa família, das astutas ciladas do diabo, que se encontra em todo lugar, inclusive nos meios de comunicação e redes sociais.
1.1. A Televisão
O Salmo 101.3 diz, “não porei coisa má diante dos meus olhos”. Sabemos que grande parte da programação exibida na TV, pode ser encaixada neste versículo e que ela pode produzir naquele que a ela fica exposto: a) Insensibilidade ao pecado, não permitindo que Cristo influencie nossa visão de mundo; b) Conformação às ideias capitalistas: publicidade de supérfluos; c) Padronização de ideologias: mulher como objeto sexual, jovens e adolescentes hedonistas, homens poderosos. No livro A TV e Nossa Família, J. Lewis esclarece: Através da mídia da televisão nós somos encorajados a ter uma espécie de colonização de experiência onde os pecados e virtudes dos outros são incorporadas dentro de nós. Por meio dos nossos olhos e ouvidos somos incitados a partilhar do pecado dos outros, uma vez removido nosso senso de realidade. O que nós próprios jamais faríamos, prontamente vemos com os nossos olhos e ouvimos com os nossos ouvidos (p.6). O cristão se expõe a um jogo perigoso de participar não diretamente do pecado, de provar a força da sua fé, de não se contaminar diante de todas as ideologias e conceitos mundanos que lhe são apresentados na TV. No entanto, o conselho bíblico para nós, em I Tessalonicenses 5.22 é fugir da aparência do mal. “Finalmente, irmãos,tudo o que é verdade, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp. 4.8). Segundo Josué Gonçalves, 70% dos lares brasileiros, fazem a refeição com a TV ligada. Como conseqüência, temos cada membro da família, procurando seus próprios interesses. Afirma que “o silêncio, torna-se uma das evidências da falta de perdão, comunhão e reconciliação”. A família é a base, portanto, para termos uma sociedade saudável, precisamos ter famílias equilibradas. É de suma importância, questionar programações televisivas, numa atitude crítica, não absorvendo, tudo o que uma minoria decide que deve estar diante dos nossos olhos, a nortear nosso modo de viver. Em seu artigo “A TV ANTIEDUCATIVA”, Setzer V.W, afirma: Estudos neurofisiológicos mostraram que, poucos minutos, às vezes somente ½ minuto, de assistir TV já colocam normalmente às ondas cerebrais, como medidas por eletroencefalograma, em um estado semelhante ao de sonolência (isto é, de desatenção) ou semi-hipnótico (Krugman 1971, Emery e Emery 1976, Kubey e Csikszentmihalyi 1990). Uma das defesas às programações, principalmente jornalísticas, diz respeito à falta de tempo para ler um jornal, no entanto, ainda de acordo com Setzer, é provado, que para leitura é necessário um estado de consciência, atenção e introspecção ativa, enquanto na TV, o telespectador apenas associa inconscientemente conceitos às imagens que vê, pois ele tem que desligar a capacidade mental, visto que o pensamento consciente é mais lento. Se fizemos um esforço para pensar conscientemente enquanto olhamos para a tela, associando conceitos, devido à lentidão do pensamento consciente, deixamos de prestar atenção à TV e perdemos uma grande parte da programação. Assim, o pensamento de um telespectador, deixa normalmente de ser consciente, passando a ser automático, com simples reconhecimento de personagens e locais, ou absorvendo as imagens e as falas irrefletidamente.
1.2. A Internet e as redes sociais
É notável a liberdade que a internet proporciona, através de informações, além é claro do entretenimento. O conhecimento acessível a todos, precisa, no entanto, ser utilizado com critério e responsabilidade. A maneira de acessar a internet e as redes sociais pode servir tanto para benção como para maldição. Como pais, não podemos nos furtar à tarefa da orientação, pois somos bombardeados com muitas coisas que não convém a um cristão. Deixar na mão das crianças e adolescentes a censura do que podem ou não acessar, é exigir deles uma maturidade e um autocontrole que não estão preparados para ter, visto ser um comportamento do adulto. Existem casos, em que o cristão já está totalmente seduzido, ou viciado pelo uso das redes sociais, obrigando-se a alimentar estas tecnologias com fotos e publicações diárias, que na maioria das vezes rouba seu tempo e ainda podem contribuir para uma atrofia do pensamento crítico. Neste sentido, o jejum, o abster-se das redes sociais por um tempo determinado, pode ser uma forma consciente de análise do grau de dependência das redes sociais, visando uma reformulação da qualidade de vida e relacionamento deste cristão com Deus.
1.3. O avanço tecnológico e a globalização
A globalização desenvolveu-se de um processo capitalista que interliga o mundo, a partir de aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Vale ressaltar, que as informações que giram velozmente neste mundo globalizado, podem chegar até nós, sob um ponto de vista fragmentado. Outra nuance a destacar, na globalização, é o paradoxo existente entre a unificação econômica e o afastamento humano. A Bíblia nos exorta através do exemplo deCristo, a nunca perder de vista que nascemos para conviver, para caminhar lado a lado, usufruindo da companhia do próximo. A fé cristã é uma fé comunitária, pertencemos a um rebanho, temos que ter consciência de coletividade. Em seu relacionamento com os discípulos, Jesus experimentou todos os sentimentos a que estão envolvidos os seres humanos, confrontos, medos, inquietações, inseguranças, tensões, de maneira respeitosa e madura (Mt 22,39), deixando-nos um maravilhoso exemplo.
2. EVOLUÇÕES, OCUPAÇÕES E AMIZADES
2.1. Choque de gerações entre pais e filhos
Para tratar do assunto do choque entre gerações dentro da família, temos que falar da questão da descontinuidade, não levar em consideração as descobertas e experiências anteriores. Pais reclamam da falta de gratidão dos filhos, mas este fato pode ser justificado, talvez, pelo esfriamento das relações entre ambos. O conceito que deveria estar arraigado é o de transformação e não o de mudança, a nova geração precisa ter o seu espaço, sem interromper o trabalho da outra geração. Neste sentido não há necessidade de ceder espaço, mas cada um ocupar o seu próprio espaço, com respeito. A comunhão dentro da família deve passar pelo fato de que as gerações têm muito a aprender mutuamente, sem a presunção da unilateralidade. Inculcar nas novas gerações o amor por Jesus Cristo e sua palavra, deve ser o legado a ser transmitido, sem estrelato, sem chamar atenção para si mesmo, mas colocando Jesus no centro.
2.2. Individualismo: a falta de tempo para a família
O individualismo da sociedade se dá devido à desconfiança do homem nos mecanismos sociais. Existe uma maior autonomia individual, porém uma escassa formação humana, com valores relativos e sem profundidade. Os cristãos são chamados, a trazer a esse século, de ausência de critérios sólidos, uma moral baseada e fundamentada nos ensinamentos de Cristo, tendo a Bíblia como base inegociável de conduta no mundo. O individualismo independe de classes sociais, está arraigado em todas as culturas e em todos os assuntos. Com relação à área sexual, por exemplo, temos visto que a moral social foi corrompida pelo individualismo, de forma que cada indivíduo age de forma independente e autônoma, não aceitando nenhum tipo de moral que seja contrária aos seus ideais relativos. A autossuficiência, também está embutida no individualismo, pois traz consigo a ideia de que o indivíduo não necessita do outro. Devemos estar atentos a fim de exercitar diariamente um modo de viver que leve em consideração a execução dos frutos do Espírito (Gl 5.22), de tal forma que possamos: a) Viver em humildade, extrapolando os meus benefícios em detrimentos aos do meu irmão; b) Negar a vaidade, chamando atenção para mim, desejando reconhecimento e admiração dos outros; c) Reconhecer e valorizar meus irmãos, como superiores a mim; d) Vivenciar a alteridade. A luta contra o individualismo é, na verdade, uma luta para sermos cada vez mais espirituais, onde os beneficiados, além de nós mesmos, serão aqueles que precisam ver a Deus e só o conhecerão através de nossas atitudes e testemunho de vida, diferenciados dos padrões mundanos.
2.3. Jugo desigual com os ímpios
O servo de Deus foi chamado para viver uma vida separada e modesta, se abrir mão dos princípios bíblicos para a vida cristã, estaremos negociando com o mundo. Trata-se da nossa visão de pertencimento a uma comunidade de pessoas que pensam e vivem sob as mesmas leis, convicções e fé. Nisto entram linguagem, vocabulário, se o amor não estiver nivelado haverá jugo desigual. O Salmo primeiro, fala sobre o conselho do ímpio, não fomos chamados a ser influenciados, mas a influenciar, a ser imagem e semelhança de Deus. Ter intimidade com pessoas que não reconhecem o senhorio de Cristo, deveria abalar os cristãos, pois amamos o nosso Senhor, nos agradamos de estar ao seu lado, de falar de sua palavra, de ter comunhão com os irmãos, que assim como nós, deleitam-se em servi-lo. Se alguém que rejeita o modo de viver do nosso manual de conduta, a Bíblia, é o nosso melhor amigo, temos que repensar o nosso cristianismo (1 Co 15:33).
3. NOVAS LEIS CONCERNENTES À FAMÍLIA
3.1. O tratamento dado ao menor de idade
Em Efésios 6.1-3, vemos que os filhos que se submetem aos pais estão debaixo da benção de Deus, desta forma, os que não se submetem, desobedecem e estão desonrando-os. A obediência é agradável ao Senhor. A desobediência traz consigo a ideia de que este filho não está mais debaixo das promessas. A disciplina serve para que o filho volte a ser abençoado, não tendo, portanto, um aspecto negativo. Em Hebreus 12.5-6, vemos que o Senhor disciplina a quem ama, mostrando o caráter restaurador da disciplina (Mt 12.34). Os pais devem estar atentos ao que se passa no coração do filho e que está exteriorizado através de um determinado comportamento. Isso só será possível com uma atenção constante, num relacionamento intenso, de liberdade e conhecimento. Combater comportamentos sem se aprofundar nas causas destes, pode gerar conflitos intermináveis, ao passo que se atacam apenas as consequências.
3.2. Aborto, união de pessoas do mesmo sexo e legalização da prostituição
Como cristãos, temos que entender que estamos no mundo, mas não pertencemos a ele (Jo 15.19). Jesus não interferiu na política e no governo de sua época. O homossexualismo, a prostituição e o aborto já eram praticados, mas os cristãos não exerciam nenhum tipo de ativismo contra estas questões, ao contrário, exerciam misericórdia para com os órfãos, viúvas, idosos e doentes, acolhendo os rejeitados. Nosso papel como cristãos não é exigir explicações do motivo que tornou alguém homossexual, mas sim, mantermos a nossa vida na centralidade do evangelho, tendo a Bíblia como regra moral e imutável e estar prontos a acolher qualquer pessoa que desejar abandonar a prática do pecado. Como exemplo, podemos citar o radicalismo de alguns países, que não aceitam o homossexualismo, sob pena de morte, nestes, não se pode garantir que a perseguição, salve a alma de alguém, visto que, só em Jesus há salvação, e é Ele quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Toda degeneração da humanidade, inclusive de gênero, é causada pelo afastamento de Deus, gerando todas as perversões atuais e entre elas o homossexualismo. O evangelho deve ser pregado para libertação da alma, da perdição eterna.
3.3. União estável e contratos temporários
A união estável trata-se de dispositivo de lei, em que duas pessoas que moram juntas maritalmente, após certo tempo, passam a ter direitos legais. O casamento foi instituído por Deus, chamado de matrimônio e considerado sagrado.Quando um cristão opta por uma união estável e não o casamento, há que se verificar que tipos de interesses estão permeando a legalização desta união, se houver interesses financeiros embutidos, e for constatado que o mesmo está apresentando uma atitude de desonestidade para com o Estado, deve ser instruído a casar-se, para receber a benção de Deus. Assim como a Igreja não interfere nas decisões estatais, o contrário é recíproco. O pecado é um conceito teológico e não sociológico, psicológico ou político, desta forma, a ministração da benção no casamento, ocorrerá mediante uma vida cristã sujeita unicamente, aos padrões bíblicos.
CONCLUSÃO
Atualmente vivemos uma confusão entre os conceitos de tolerância, o mundo tenta com todas as forças submeter à família aos seus conceitos equivocados e com influência maligna. Estar atentos aos ataques de Satanás contra nossas famílias é também não negociar os princípios bíblicos e as verdades absolutas que regem a fé cristã. De forma amorosa e firme temos que repudiar a opinião de minorias, sobre o modo de conduzirmos a nossa família. Se perseverarmos assim, seremos mais que vencedores em Cristo Jesus.
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