ATAJESUS: OS MALES DA BAJULAÇÃO - ESCRITO POR: PRESBÍTERO MARCOS BENEDITO (I.E. TENDA DE BETEL - SEDE)
Bajular é um verbo transitivo direto na língua portuguesa, utilizado no sentido de praticar a adulação ou o lisonjeio com o propósito de conquistar algo em troca, como uma recompensa.
A bajulação – o ato de bajular – é normalmente caracterizada pelo exagero dos elogios ou carinhos.
O bajulador – indivíduo que bajula – é tido como um aproveitador e oportunista, pois utiliza de falsos sentimentos para conquistar os seus objetivos.
Por esta razão, o termo “bajular” é considerado pejorativo.
Etimologicamente, esta palavra se originou a partir do latim bajulo, bajulatum ou bajulare, que significa “levar nos braços” ou “levar às costas”, no sentido de “ajudar alguém”.
Atos dos Apóstolos 8: 9 - 24.
E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem;
Ao qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus.
E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas.
Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.
Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo
(Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus).
Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro,
Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.
Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.
Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;
Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade.
Respondendo, porém, Simão, disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim.
Atos 16: 16 - 18
16 E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17 Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
Nestes dois casos de bajulação relatados na Palavra de Deus, vemos que existe sempre uma relação de interesse por parte dos bajuladores.
A Palavra de Deus, diz que Simão vendo as maravilhas que o Espírito Santo fazia através da vida de Pedro e João tentou comprar os dons do Espírito Santo.
O ato de comprar um dom espiritual pode ser interpretado no seu significado objetivo e direto de adquirir algo em troca de dinheiro, mas também pode ser representado por adquirir favores, trocar benefícios, favorecimento etc.
No caso da jovem, relatado em Atos 16:16, a Palavra de Deus relata que
“Ela dava grande lucro aos seus senhores”.
Podemos facilmente constatar que a bajulação tem, como pano de fundo, algo de interesse do bajulador.
Além de tudo isto, a bajulação é uma forma discriminatória de se supervalorizar algumas pessoas em detrimento de outras, pois na maioria das vezes o bajulador vê somente as qualidades daquela pessoa que interessa à ele “colocar num pedestal”, sem minimamente reconhecer o valor daqueles que estão ao seu lado no dia-a-dia.
O bajulador, na maioria das vezes, não vê nenhuma vantagem em reconhecer o trabalho daqueles que estão ao seu lado, pois estes ele já tem sob o seu controle.
Na perspectiva do bajulador somente os que são de fora, e que apresentam alguma perspectiva de “lucro”, é que estão na área de seus interesses pessoais.
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