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A CARTA DE PAULO A FILEMON: GRATIDÃO - AMOR - ACOLHIMENTO - RESPEITO - COMPROMISSO POR: PRESBÍTERO MARCOS BENEDITO - 16/04/2025

A carta de Paulo a Filemon é uma joia preciosa no Novo Testamento. Embora seja breve, cada linha está carregada de amor, de cuidado pastoral, de acolhimento genuíno e de gratidão sincera. Este não é apenas um bilhete pessoal — é um retrato vivo do que significa ser um verdadeiro seguidor de Cristo.

Paulo escreve a Filemon em favor de Onésimo, um escravo fugitivo que havia se convertido ao evangelho durante o cativeiro do apóstolo. E aqui começa a demonstração prática de amor cristão: Paulo, mesmo em prisão, não se preocupa apenas com a sua situação pessoal, mas investe tempo e palavras para restaurar a vida de um irmão ferido.

"Rogo-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões;"

(Filemon 1:10)

Paulo não chama Onésimo de "fugitivo", "infrator" ou "traidor". Ele o chama de filho. Com isso, nos ensina que em Cristo somos uma nova criação (2 Coríntios 5:17), independentemente dos nossos erros passados. O amor de Paulo não rotula, não descarta — ele transforma.

Além disso, vemos o cuidado pastoral transbordando:

"O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil;"

(Filemon 1:11)

Paulo olha para Onésimo não pelo que ele foi, mas pelo que ele se tornou em Cristo. Quantas vezes olhamos para as pessoas com os olhos do passado? Mas o olhar de Cristo é redentor, restaurador, esperançoso.

O acolhimento é outro aspecto tocante desta carta. Paulo pede a Filemon que receba Onésimo como se estivesse recebendo o próprio apóstolo:

"Se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo."

(Filemon 1:17)

Que apelo sublime! Receber o arrependido não com desprezo, não com desconfiança, mas com o mesmo amor que se tem por um amigo e irmão querido. É o que Jesus nos ensinou na parábola do filho pródigo (Lucas 15:20) — um amor que corre ao encontro, que abraça, que restitui dignidade.

E não podemos deixar de notar a gratidão que permeia a carta. Paulo agradece pela vida de Filemon e o reconhece como alguém que tem sido fonte de alívio e encorajamento para a igreja:

"Porque temos grande gozo e consolação do teu amor, porque por ti, irmão, os corações dos santos têm sido reanimados."

(Filemon 1:7)

Paulo não escreve apenas para pedir um favor. Ele exalta o bem que Filemon já havia feito, mostrando que a gratidão fortalece os laços espirituais e motiva ainda mais atos de bondade.

Amor. Cuidado. Acolhimento. Gratidão.

Esses são os pilares que sustentam a carta de Paulo a Filemon — e que devem também sustentar nossa vida cristã.

Em tempos em que o amor esfria (Mateus 24:12), somos chamados a aquecer os corações com cuidado genuíno; a acolher, e não excluir; a ver além dos erros; a ser gratos, e não indiferentes.

Que possamos, como Paulo, agir com amor corajoso.

Que possamos, como Filemon, receber os feridos e restaurados.

E que possamos, como Onésimo, viver uma nova vida para a glória de Deus!

 "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor."

(Romanos 6:11)

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