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MANUAL PRÁTICO: DIFERENÇAS ENTRE PRATICAS CALVINISTAS E ARMINIANAS. - POR: PRESBÍTERO MARCOS BENEDITO

Este manual apresenta uma visão prática das diferenças comuns entre igrejas que seguem a teologia calvinista (como as igrejas reformadas, presbiterianas e algumas batistas) e igrejas arminianas (como as pentecostais, assembleias e algumas metodistas). 

O objetivo é oferecer um quadro comparativo claro e direto para auxiliar líderes, membros e interessados em entender melhor as práticas distintas dessas tradições cristãs.

1. Milagre

Calvinismo: Cremos que Deus pode operar milagres, mas não enfatizamos manifestações frequentes e visíveis.

Arminianismo: Cremos em milagres como manifestações comuns da fé; busca-se constantemente o sobrenatural.

2. Cura

Calvinismo: Deus pode curar, mas não há cultos específicos de cura. A soberania divina decide quando e como.

Arminianismo: Cultos de cura são frequentes; impõe-se as mãos, unção com óleo e expectativa de resposta.

3. Libertação

Calvinismo: Não há cultos de “libertação” como prática comum. Crê-se que Cristo já liberta no novo nascimento.

Arminianismo: Enfatiza-se a batalha espiritual e cultos específicos para expulsão de demônios e opressões.

4. Profecia

Calvinismo: Cessacionismo parcial ou total. Crê-se que profecias cessaram com os apóstolos.

Arminianismo: Profecias são comuns e esperadas nos cultos; crê-se que o Espírito ainda fala diretamente.

5. Revelações

Calvinismo: Revelação é apenas a Escritura. Deus fala pela Bíblia, não por visões ou sonhos.

Arminianismo: Crê-se em revelações pessoais, visões, sonhos, direcionamentos específicos do Espírito.

6. Línguas Estranhas

Calvinismo: Raramente praticado. Em geral, considerado dom cessado.

Arminianismo: Dom comum. Incentivado e usado com frequência em cultos, orações e vigílias.

7. Evangelismo

Calvinismo: Intelectual, teológico e expositivo. Uso de apologética e discipulado reformado.

Arminianismo: Ativo, pessoal e fervoroso. Evangelismo de rua, cultos ao ar livre, testemunhos.

8. Círculo de Oração

Calvinismo: Não é comum. A oração é mais estruturada e privada.

Arminianismo: Prática fundamental. Grupos de oração femininos ou mistos são incentivados.

9. Culto no Lar

Calvinismo: Presente, mas de forma formal, com estudo bíblico e oração.

Arminianismo: Comum e espontâneo, com louvor, oração forte, testemunhos e Palavra.

10. Ministério de Dança de

Calvinismo: Geralmente não praticado. Considera-se liturgicamente inadequado.

Arminianismo: Frequentemente presente, especialmente entre jovens e mulheres, como expressão de adoração.

11. Pastorado de Mulheres

Calvinismo: Maioria não permite. Liderança pastoral reservada a homens.

Arminianismo: Algumas igrejas aceitam e ordenam pastoras. Outras permitem apenas liderança feminina local.

12. Mover do Espírito Santo na Igreja

Calvinismo: O Espírito opera de forma silenciosa e transformadora, centrado na Palavra.

Arminianismo: Busca-se o “mover” visível, como arrebatamentos, línguas, profecias, danças, êxtases.

13. Culto

Calvinismo: Estrutura tradicional, liturgia organizada, pregação expositiva.

Arminianismo: Livre, espontâneo, com louvor intenso, orações fervorosas e espaço para manifestações.

14. Música / Louvor

Calvinismo: Hinos, salmos, corais, músicas com conteúdo teológico denso.

Arminianismo: Louvor contemporâneo, repetitivo, emocional e com foco em experiência espiritual.

15. Teologia

Calvinismo: Ênfase na soberania de Deus, eleição incondicional, depravação total.

Arminianismo: Ênfase na livre escolha humana, responsabilidade pessoal e busca do Espírito.

Calvinismo

Foram desenvolvidas por João Calvino (1509–1564), um teólogo francês da Reforma Protestante. As teses calvinistas ficaram conhecidas pelos "Cinco Pontos do Calvinismo", sistematizados após sua morte no Sínodo de Dort (1618–1619), em resposta às ideias arminianas. Esses cinco pontos são frequentemente resumidos pelo acrônimo TULIP:

  1. Depravação total
  2. Eleição incondicional
  3. Expiação limitada
  4. Graça irresistível
  5. Perseverança dos santos

Arminianismo

Foi criado por Jacó Armínio (1560–1609), um teólogo holandês. Ele discordava de alguns pontos da teologia calvinista, especialmente sobre a predestinação. Após sua morte, seus seguidores apresentaram as "Cinco Declarações dos Remonstrantes" (1610), que enfatizam:

  1. Livre-arbítrio
  2. Eleição condicional
  3. Expiação ilimitada
  4. Graça resistível
  5. Possibilidade de queda da graça

Elaboração e organização:

Marcos Benedito, cantor, compositor, blogueiro, criador de conteúdos, presbítero e membro da Igreja Missão Pentecostal Chama Viva.

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