Há apenas 50 metros da nossa igreja, praticamente na mesma calçada, funciona uma casa de artigos religiosos voltada às religiões de matriz africana. Dentro desse mesmo perímetro, há um jovem balconista, extremamente educado e simpático, que se declara abertamente satanista. Ele não esconde sua crença: veste camisetas com símbolos do ocultismo, exibe anéis e colares com imagens associadas à adoração ao diabo.
Nas redondezas, uma jovem, toda tatuada, também trabalha no comércio local e afirma com naturalidade que é bruxa. Na mesma rua em que resido – e moro muito próximo da igreja – há uma família tradicional e respeitada no meio espírita, conhecidos pela dedicação à sua obra espiritual.
Esses são apenas alguns exemplos claros e abertos de pessoas que, voluntária ou involuntariamente, estão entregues aos caminhos das trevas. A pergunta que não quer se calar é: quantas outras pessoas vivem ao nosso redor, sendo enganadas pelo adversário de nossas almas e nós sequer percebemos ou fazemos algo a respeito?
“O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo.”
(2 Coríntios 4:4)
Estamos localizados na cidade de Praia Grande, considerada por muitos a capital da religiosidade de matriz africana. Não por acaso, é aqui que está instalada a grande estátua de Iemanjá, no bairro Cidade Ocian — bem próximo de onde moramos, trabalhamos e congregamos.
Esse cenário nos leva a uma séria reflexão:
Será que temos feito todos os esforços que o nome da nossa igreja — “Missão Pentecostal” — exige de nós?
Estamos realmente colocando em prática o “IDE” que o Senhor Jesus nos ordenou?
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”
(Marcos 16:15)
Ou será que estamos nos consumindo com os afazeres do dia a dia, com questões internas que muitas vezes têm pouca importância diante da urgência espiritual que nos cerca? Quantos de nós estão mais preocupados com cargos, escalas, reuniões e opiniões do que com a salvação das almas?
“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.”
(Efésios 5:14)
Estamos desenvolvendo ações que nos fortalecem contra as investidas das trevas ou estamos enfraquecendo espiritualmente por falta de vigilância e compromisso com a missão?
A Bíblia nos adverte que os dias são maus, e que a nossa luta “não é contra carne ou sangue, mas contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século” (Efésios 6:12).
Não estamos falando de pessoas, mas de sistemas espirituais que escravizam essas vidas. O próprio apóstolo Paulo declara:
“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.”
(2 Coríntios 10:3-4)
Diante disso, como igreja pentecostal, precisamos reavaliar a nossa postura. Somos chamados a ser luz em meio às trevas:
“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.”
(Mateus 5:14)
A grande comissão ainda está de pé. O mundo clama, e os campos estão brancos para a ceifa:
“Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.”
(Mateus 9:38)
Não podemos esperar mais. Precisamos de um despertamento, um avivamento que não se limite ao ambiente do culto, mas que transborde para as ruas, com oração, jejum, evangelismo, discipulado e ações de compaixão. O tempo é agora. Jesus está às portas.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
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