Diante desses sinais, precisamos parar, refletir e, acima de tudo, orar.
Deus não opera onde há divisão e confusão
Está escrito:
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz...” (1 Coríntios 14:33)
Quando há brigas internas, disputas por espaço, vaidade, fofoca, ciúmes e orgulho, o Espírito Santo se entristece. Ele não compartilha o mesmo ambiente com o pecado não confessado e com a desordem espiritual.
Onde não há unidade, Deus se retira. E quando Deus se retira, os dons cessam.
Por que não há milagres, profecias, línguas e revelações?
Não há manifestação do Espírito quando a igreja vive apenas de aparência. Milagres não são programados. Eles são fruto de um ambiente de fé, santidade e fome por Deus.
Quando o altar está vazio de oração e cheio de vaidade, os céus permanecem fechados.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” (Mateus 5:6)
Se não estamos sendo fartos do Espírito, talvez seja porque perdemos a fome.
Por que sempre estamos recomeçando do zero?
Essa sensação frequente de reinício pode revelar:
A falta de discipulado real e formação de novos líderes;
A ausência de visão clara e unidade ministerial;
A centralização do trabalho em poucas pessoas;
O não tratamento de feridas e erros antigos.
Sem continuidade, não há edificação. E sem edificação, cada etapa vira um novo começo, cansando os obreiros e desanimando os fiéis.
Onde estão os músicos?
Muitos músicos estão afastados porque:
Não foram discipulados corretamente;
Foram usados, mas não cuidados;
Se decepcionaram com brigas e disputas;
Estavam ali por emoção e não por convicção espiritual.
Precisamos buscá-los, ouvi-los e, se necessário, começar um novo ciclo de ensino e restauração.
Como cumprir o íde do Senhor?
“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)
O íde começa no coração. É uma resposta à ordem de Cristo, mas também ao amor que temos por Ele.
Não cumprimos o íde com frieza, rotina ou vaidade. Cumprimos com poder, unção, santidade e temor.
Como viver a missão pentecostal?
A missão pentecostal não é feita de gritos e palmas, mas de frutos e fogo. É jejum, oração, dons, ensino, temor e amor. É permitir que o Espírito Santo conduza cada parte do culto e da vida da igreja.
É viver Atos 2, Atos 13, 1 Coríntios 12 – não como um ideal antigo, mas como uma realidade atual.
Quando se prega uma coisa, mas se vive outra
Um dos maiores escândalos espirituais não é o pecado exposto, mas o ensino distorcido pela prática. Quando se exige dos outros aquilo que não se vive, quando se cobra compromisso, mas não se dá exemplo, o púlpito perde autoridade e o altar se torna vazio.
“Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?” (Romanos 2:21)
É incoerente pregar santidade e viver de forma leviana.
É contraditório falar de amor e tratar os irmãos com dureza.
É injusto cobrar entrega, mas viver no conforto espiritual.
A Palavra de Deus deve primeiro nos confrontar, para depois ser levada aos outros. Quando se prega com vida, a unção acompanha. Quando se prega só com palavras, o som ecoa, mas o céu não se move.
Precisamos nos voltar para Deus
Não é falta de estrutura. Não é ausência de gente. Não é só cansaço. É falta de presença.
Sem a presença real do Espírito Santo, nada se sustenta. Tudo se apaga. Mas com Ele, até o que parecia morto ressuscita.
Por isso, faço um apelo:
Voltemos à oração. Voltemos ao jejum. Voltemos à humildade. Voltemos à consagração.
Voltemos ao altar com sinceridade.
Que o Senhor restaure a unidade, renove os dons, desperte os músicos, fortaleça os obreiros e derrame um novo tempo sobre nós. Que possamos cumprir o íde com poder, e viver a missão pentecostal com profundidade, verdade e vida.
Presbítero Marcos Benedito
Membro da Igreja Missão Pentecostal Chama Viva
Compositor, instrumentista, produtor e servo de Deus
Comentários
Postar um comentário