SOS GOSPEL : Auto-Ajuda Gratuita - Por: Presbítero Marcos Benedito - 08/07/2025 - Rede Gospel Oficial
Ao deparar-me com uma música rotulada como louvor que, na realidade, se encaixa mais no gênero de auto ajuda, uma sensação de tristeza e perplexidade toma conta de mim.
Tristeza, por perceber que muitos estão consumindo algo que parece alimento espiritual, mas que, na essência, não passa de calorias vazias para a alma.
Perplexidade, porque a mensagem é apresentada como espiritual, mas não exalta o nome de Jesus nem conduz à verdadeira adoração.
“Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”
(João 4:24)
Essas músicas de auto ajuda, muitas vezes, são habilmente projetadas para massagear o ego, oferecendo um alívio momentâneo, mas distante da essência do louvor bíblico. Elas falam muito sobre nós e muito pouco sobre Ele. É como se Deus fosse apenas um detalhe secundário, enquanto o centro da mensagem se torna a autoestima, a autoconfiança e a motivação humana.
O que é o verdadeiro louvor?
A essência do louvor genuíno está profundamente enraizada na exaltação do Senhor, no reconhecimento de Sua grandeza e na declaração de Sua soberania.
Louvar é dar a glória a quem pertence — a Deus — e não a nós mesmos.
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.”
(Mateus 4:10)
O louvor não é sobre como nos sentimos, mas sobre quem Ele é. A música que realmente é louvor tem o poder de fortalecer a fé, edificar o espírito e nos aproximar da presença de Deus.
No ilusório quebrantamento diante de Deus, a música de auto ajuda tende a criar uma ilusão: a de que o problema é resolvido apenas com pensamentos positivos e auto sugestão.
O apóstolo Paulo já alertava sobre esse risco:
“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos.”
(2 Timóteo 4:3)
Essa confusão acontece porque a música motivacional coloca o ser humano no trono, quando o louvor verdadeiro coloca Deus no trono.
O falso alívio
As músicas que apenas encorajam, sem apontar para Cristo, oferecem um alívio superficial — como um analgésico que mascara a dor, mas não trata a causa.
O verdadeiro louvor é diferente: ele não apenas consola, mas transforma; não apenas motiva, mas liberta; não apenas anima, mas conduz à presença de Deus.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”
(Mateus 11:28)
Discernindo o que ouvimos
Em um mundo onde a espiritualidade é explorada comercialmente, precisamos aprender a discernir a mensagem que consumimos. Nem tudo que fala sobre fé é fé verdadeira; nem toda música que menciona Deus é adoração.
“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”
(1 João 4:1)
O louvor genuíno nos leva a dobrar os joelhos, a engrandecer o nome do Senhor e a reconhecer nossa total dependência d’Ele.
Devemos lembrar que o propósito do louvor não é nos colocar no centro, mas colocar Cristo no centro. O verdadeiro louvor não é sobre o que eu posso fazer, mas sobre o que Ele já fez.
Músicas que apenas exaltam a capacidade humana podem até gerar emoção, mas não alimentam o espírito.
“A Ele a glória, agora e para sempre. Amém!”
(2 Pedro 3:18)
Que aprendamos a diferenciar entre aquilo que apenas massageia a alma e aquilo que verdadeiramente a transforma. O louvor genuíno não é uma sessão de auto ajuda — é um encontro com o Deus vivo.
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