UNIDADE CONJUGAL NO MINISTERIO: ARMA CONTRA A DIVISÃO - PRESBÍTERO MARCOS BENEDITO - 26/10/2025 - REDE GOSPEL OFICIAL
“Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo, e membros uns dos outros.” (Romanos 12:5)
A Igreja é o corpo de Cristo, e dentro desse corpo não há espaço para distinções injustas, favoritismos ou tratamentos diferenciados entre aqueles que Deus chamou para servir. Quando um casal está diante do Senhor, eles são uma só carne, um só propósito, e um só chamado. O que Deus uniu, não pode ser separado nem pela liderança, nem pelas circunstâncias. Jesus afirmou: “Portanto deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne; assim já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Marcos 10:7-9)
1. O Chamado é Familiar, Não Individual
Quando Deus chama um homem, Ele também chama sua casa. Quando chama uma mulher, envolve o lar inteiro no propósito. Foi assim com Noé: “Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu, e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo.” (Gênesis 6:18) Também foi assim com Abraão e Sara, com Zacarias e Isabel, e com o casal Áquila e Priscila, a quem Paulo chama de “meus cooperadores em Cristo Jesus” (Romanos 16:3). Deus não divide o ministério dentro do lar, Ele o multiplica. A unção sobre um deve alcançar o outro, pois ambos fazem parte da mesma aliança. O ministério de um casal é um testemunho vivo da unidade espiritual que o Senhor deseja ver em Sua Igreja.
2. Quando a Igreja Separa, Ela Desfigura o Corpo
Quando a liderança decide exaltar um e ignorar o outro, quebra-se o princípio da unidade do corpo. Há algo espiritualmente errado quando a mulher é constantemente chamada para conversas reservadas com líderes, e o marido é deixado de lado — ou quando o homem é envolvido em decisões e a esposa é esquecida. Esse tipo de comportamento gera suspeita, ciúme, mal-entendidos e contendas, tudo o que o Espírito Santo reprova. A Palavra diz: “Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1 Coríntios 14:33) E também: “Porque onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.” (Tiago 3:16) Conversas em voz baixa, murmurações e reuniões exclusivas sem motivo justo são instrumentos de divisão. É preciso vigiar quando isso se torna rotina dentro da casa de Deus.
3. Caminhar Juntos é Princípio Espiritual
O profeta Amós perguntou: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3) A resposta é não. O casal deve caminhar unido na fé, no propósito e no ministério. Um casal dividido não prospera espiritualmente, e uma casa dividida não permanece de pé: “E, se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir.” (Marcos 3:25) Quando o homem é chamado para pastorear, a esposa deve ser amparada para estar ao seu lado — ainda que com outra função, como missionária, evangelista ou obreira. E o mesmo se aplica à mulher chamada por Deus: o marido precisa estar envolvido, sendo preparado e fortalecido para caminhar junto. O ministério é compartilhado, e o sucesso espiritual depende da unidade.
4. Chamados Diferentes, Propósito Único
O Espírito Santo distribui dons e ministérios conforme Lhe apraz. “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.” (1 Coríntios 12:4-5) Isso significa que o homem e a mulher podem exercer funções diferentes, mas devem servir ao mesmo propósito. Um casal alinhado espiritualmente cumpre melhor o plano de Deus, pois um apoia o outro, intercede pelo outro e cresce com o outro. A unção não é dividida, ela é compartilhada. Quando Deus unge a cabeça, a unção desce pela barba e chega até a orla das vestes. (Salmo 133:2) Assim deve ser o casal no ministério: unidos sob a mesma unção, buscando o mesmo propósito, refletindo o mesmo Cristo.
5. O Perigo da Parcialidade Espiritual
Em muitas igrejas, a divisão ministerial se disfarça sob uma aparência de espiritualidade. Líderes dizem agir “guiados por Deus”, mas, na prática, fazem acepção de pessoas, favorecem amizades e enfraquecem lares. A Palavra adverte: “Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” (Tiago 3:15) Quando a liderança valoriza mais um cônjuge do que o outro, gera-se um desequilíbrio espiritual perigoso. O casal que sente essa diferença deve orar e vigiar, pedindo discernimento, porque o inimigo sabe que, dividindo o casal, enfraquece o ministério e destrói a comunhão. Por isso, não aceite práticas que afastem o casal das decisões e dos diálogos da igreja, a menos que o assunto realmente exija reserva e seja comunicado de forma transparente e respeitosa.
6. O Casal é Um Só Diante de Deus
O casal é uma extensão do altar. Quando o altar se divide, a unção se interrompe. Por isso, a Bíblia ensina: “Vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher como vaso mais fraco, como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pedro 3:7) Deus deseja que a unção e a graça fluam livremente sobre a família, e isso só acontece quando há unidade. O corpo de Cristo é um só. Quando a liderança divide, o inimigo se alegra, mas quando o casal permanece unido, o céu se manifesta.
Conclusão
Não colabore, não aceite e não apoie lideranças que tratam casais de forma desigual dentro da casa de Deus. A parcialidade é contrária ao Espírito de Cristo e gera divisão, contenda e desconfiança. O Senhor chama o casal para caminhar lado a lado, como herdeiros da mesma graça e cooperadores do mesmo Reino. “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.” (1 Coríntios 1:10) O corpo é um só. O propósito é um só. A glória pertence a um só: Jesus Cristo, o Senhor da Igreja.
📖 Versículos para Meditação:
Gênesis 2:24 – Marcos 10:7-9 – Amós 3:3 – 1 Coríntios 12:4-5 – Romanos 16:3 – Tiago 3:15-16 – 1 Pedro 3:7 – 1 Coríntios 1:10

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