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DESVENDANDO A ASTÚCIA NARCISISTA - POR: PRESBITERO MARCOS BENEDITO - 19/10/2025 - REDE GOSPEL OFICIAL

O narcisismo é uma doença da alma e um espírito de engano que tem se infiltrado em muitos corações, inclusive dentro da igreja. 

O narcisista é uma pessoa infeliz e frustrada, pois vive em constante busca de aprovação e admiração, mas nunca encontra paz, porque o vazio do coração humano só é preenchido por Deus. 

Ele alimenta o próprio ego, busca glória pessoal e vive de aparências, mas espiritualmente está distante do Senhor. A Bíblia diz que “os homens serão amantes de si mesmos” (2 Timóteo 3:2), e essa é a essência do narcisismo: o amor do homem voltado para si, e não para Deus.

O narcisista é infeliz porque coloca o “eu” no trono onde somente Cristo deve estar. Sua alma é inquieta, porque o Espírito Santo habita em corações humildes e contritos, não em corações soberbos e vaidosos (Isaías 57:15). Ele é frustrado porque busca glória própria e encontra vazio. Quer ser admirado, mas não consegue ser amado, pois o verdadeiro amor exige entrega, e o narcisista não sabe se entregar. Quer controlar tudo, mas não tem domínio sobre si mesmo. Como Caim, se irrita quando Deus não aceita sua oferta; como Saul, persegue aqueles em quem vê o brilho que já perdeu; como Nabucodonosor, se exalta até o dia em que é humilhado por Deus.

O narcisista também não consegue manter uma verdadeira relação com Deus, nem exercer um ministério guiado pelo Espírito Santo. Pode até falar de Deus, mas não anda com Ele. Pode exercer funções religiosas, mas sem poder espiritual real. O ego é o maior obstáculo da comunhão com o Senhor, e enquanto o ego não for crucificado, Cristo não pode ser entronizado. O Espírito Santo não opera onde há autopromoção, vaidade e orgulho. Sansão pensava ser o mesmo de antes, mas “não sabia que o Senhor já se tinha retirado dele” (Juízes 16:20). Assim vive o narcisista ministerial: com aparência de força, mas vazio de unção.

Dentro da igreja, o narcisismo é uma das armas mais sutis do inimigo. Ele destrói vínculos, divide ministérios e rouba a pureza da adoração. O narcisista não serve, disputa. Não coopera, compete. Quer ser visto, elogiado e reverenciado. E quando o centro da adoração deixa de ser Cristo para se tornar o homem, a presença de Deus se retira. Jesus disse: “Eles me honram com os lábios, mas o coração deles está longe de mim” (Mateus 15:8). Assim, o culto se transforma em palco, o louvor em exibição, e o púlpito em trono humano.

A Bíblia nos mostra exemplos claros desse espírito. Absalão, com seu carisma e vaidade, roubou o coração do povo e dividiu Israel. Sua beleza e ambição o levaram à morte, pendurado pelos cabelos que tanto valorizava (2 Samuel 18:9). Diótrefes, citado por João, queria ser o primeiro e não recebia os verdadeiros servos de Deus (3 João 1:9). Ambos representam o mesmo mal: a vaidade travestida de espiritualidade.

O resultado é devastador: ministérios se tornam arenas de disputa, irmãos se tornam rivais, e a igreja perde o foco da missão. Onde o narcisismo entra, a humildade sai. Onde há inveja e vanglória, há confusão e toda obra perversa (Tiago 3:16). E sem humildade, o Espírito Santo não permanece.

Mas há um caminho de cura. A restauração começa quando o servo reconhece sua dependência e se submete à vontade de Deus. A libertação do narcisismo exige quebrantamento, arrependimento e renúncia. “Nada façais por contenda ou vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3). O antídoto do narcisismo é a mente de Cristo — o Filho de Deus que, mesmo sendo Senhor, se fez servo (Filipenses 2:5-8).

O narcisismo mata o amor, apaga a unção e divide o corpo. Transforma servos em ídolos e ministérios em palcos. Mas o Espírito Santo ainda chama a Igreja ao arrependimento e à humildade. “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4:6). Quando o altar volta a ser mais importante que o púlpito, e o joelho dobrado mais forte que a voz exaltada, a presença de Deus retorna — e o narcisismo perde o poder.

“Porque todo aquele que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.”
(Lucas 14:11).

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