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Obstáculos e Fatores do Crescimento da Igreja - Por: Presbítero Marcos Benedito - 21/10/2025 - Rede Gospel Oficial

Desde o início da criação, Satanás sempre teve consciência de que Deus levantaria um povo que o adoraria em espírito e em verdade (João 4:23). Ele sabia que a Igreja seria o corpo de Cristo na Terra (Efésios 1:22-23) e que, através dela, as portas do inferno não prevaleceriam (Mateus 16:18). Por isso, o inimigo tem trabalhado incansavelmente para tentar impedir o crescimento da obra de Deus — e muitas vezes, utiliza o próprio homem como instrumento de obstáculo.

1. O primeiro fator: a vontade do homem

Um dos maiores impedimentos ao crescimento da obra de Deus é a vontade humana desalinhada da vontade divina. Quando o homem busca apenas o seu próprio bem-estar e benefício, coloca-se no centro daquilo que deveria ser totalmente voltado a Deus. O apóstolo Paulo já alertava:

“Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus.” (Filipenses 2:21)

Quando líderes e membros priorizam interesses pessoais, políticos ou materiais, esquecem-se de que a obra é de Deus e não deles. A igreja, que deveria ser uma luz para o mundo (Mateus 5:14), torna-se uma instituição comum, sem brilho espiritual. Assim, o Espírito Santo é entristecido (Efésios 4:30) e a presença de Deus se afasta, pois o Senhor não divide Sua glória com ninguém (Isaías 42:8).

Uma congregação com esse espírito egoísta acaba se tornando uma “igrejinha de fundo de quintal”, não por causa do seu tamanho físico, mas por causa da pequenez espiritual. Jesus afirmou:

“Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo.” (Mateus 7:19)

Ou seja, uma igreja que não frutifica espiritualmente, que não impacta a sociedade e não manifesta o amor de Cristo, acaba sendo apenas mais um ajuntamento de pessoas, e não um templo vivo do Espírito Santo.

2. O segundo fator: a ação direta de Satanás

O inimigo de nossas almas conhece as fraquezas humanas e as utiliza para semear confusão e divisão no meio do povo de Deus. Assim como fez no Éden, Satanás continua questionando a Palavra de Deus:

“É assim que Deus disse?” (Gênesis 3:1)

Ele introduz no seio da igreja os mesmos males que corroem o mundo: inveja, intrigas, ciúmes, desmotivação, cansaço espiritual e até decepção com Deus. O apóstolo Paulo advertiu os coríntios:

“Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos os seus desígnios.” (2 Coríntios 2:11)

Esses sentimentos, quando alimentados, transformam a congregação em um campo de batalha carnal, e não espiritual. Foi assim com os israelitas no deserto: Deus os libertou do Egito, mas eles murmuraram, invejaram e se revoltaram contra Moisés e contra o próprio Deus (Números 14:2-4). O resultado foi o atraso da promessa — o inimigo não os venceu por força, mas pela fraqueza da carne.

Quando a igreja permite que Satanás infiltre essas sementes malignas, muitos começam a acreditar que Deus não age mais, que os milagres cessaram e que já são salvos independentemente de suas atitudes. Isso é um grande engano espiritual, pois Tiago afirma:

“A fé sem obras é morta.” (Tiago 2:26)

E Jesus disse:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai.” (Mateus 7:21)

O perigo de um ministério desviado da Palavra

Quando o ministério se desvia da Palavra, substituindo o “Assim diz o Senhor” pelo “Eu acho que”, o povo deixa de ouvir a voz de Deus. A liderança se torna autoritária, e o Espírito Santo, que é o verdadeiro guia da igreja (João 16:13), é substituído por opiniões humanas.

O profeta Jeremias já denunciava líderes assim em seu tempo:

“Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles, e o meu povo assim o deseja.” (Jeremias 5:31)

Hoje, infelizmente, muitos ministérios sofrem desse mesmo mal. O líder é colocado num pedestal, quase como uma divindade, e a voz do povo é silenciada. O resultado é a idolatria da liderança, e não a adoração a Deus. Isso contraria frontalmente o primeiro mandamento:

“Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:3)

A Igreja que cresce é a Igreja que ouve a voz de Deus

A verdadeira igreja é aquela que mantém Cristo como cabeça (Efésios 5:23), a Palavra como fundamento (Mateus 7:24) e o Espírito Santo como guia (João 14:26). Uma igreja assim cresce, não apenas em número, mas em graça, unção e poder. Como nos dias dos apóstolos, o segredo estava na comunhão e na obediência à direção divina:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (Atos 2:42)

Quando a igreja é movida pelo Espírito, o crescimento é inevitável. Satanás até tenta resistir, mas ele já foi derrotado na cruz (Colossenses 2:15). Portanto, a igreja que permanece firme na Palavra e na oração é invencível!


Conclusão

O diabo sabia que a Igreja cresceria — e é por isso que ele luta tanto contra ela.
Mas Jesus também sabia — e por isso disse:

“As portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)

O que impede o crescimento da obra não é a força do inimigo, mas a fraqueza da carne e a falta de submissão à vontade de Deus. Quando a igreja volta a ouvir a voz do Senhor, buscar a Sua presença e andar em unidade, nenhuma força contrária pode deter o agir de Deus.

“Porque de Deus são todas as coisas, por Ele e para Ele. Glória, pois, a Ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36)


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