Saindo do armário
Artigo cristão escrito por Armando Taranto Neto
Saindo do armário
Recentemente uma notícia bombástica foi veiculada pela mídia. Uma notória cantora assumiu sua orientação sexual, “Saiu do Armário”. Não cabe a mim julgá-los, apenas quero aproveitar a oportunidade e fazer uma aplicação segundo o conceito do Evangelho de Jesus.
A palavra “Hipocrisia”, no seu significado mais profundo significa: o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideais e sentimentos que, na verdade, a pessoa não possui. Semanticamente o termo deriva do latim Hypocrisis e do grego Hupokrisis ambos apontando para a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou mais tarde a designar moralmente pessoas que representam que fingem comportamentos.
Em outras palavras:
O hipócrita é aquele que não é e finge ser;
O que “Saiu do Armário” é aquele que é e finge não ser.
Jesus sempre vinha em rumo de colisão com os Hipócritas.
Lc 12.1,2:
Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Jesus a dizer primeiro aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Mas nada há encoberto, que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser conhecido.
Os Escribas e Fariseus, alvos desta manifestação de Jesus, tinham pleno conhecimento da Lei através do entendimento humano. Eles proibiam a execução de atividades no sábado, dia do descanso. Porém, como o próprio Cristo disse, naquele mesmo dia “Sagrado”, eles desamarravam o jumento ou o boi e os levavam a beber água. Ora, se um animal podia receber os benefícios no “Sábado”, por que condenavam o Senhor por fazer o bem a uma pessoa? .
É isso que a religião faz, ela não pode libertar ninguém, apenas proíbe, acorrenta e escraviza o homem. Pior, os “Hipócritas”, moralistas da religião, se trancam no “Armário” do legalismo, se escondem nas burcas do moralismo e não se sentem sequer comovidos com as mazelas e dores dos necessitados. Os bois e os jumentos lhes são mais caros do que aqueles que foram feitos a imagem e semelhança de Deus.
São muitos os “Armários” que nos escondemos:
O “Armário” da falta de perdão;
O “Armário” da duplicidade de vida;
O “Armário” da intolerância;
O “Armário Ministerial”, onde escondemos as violência contra as nossas esposas e filhos;
O “Armário” do egoísmo, onde me esqueço das necessidades de meus colegas ministeriais e me utilizo do pastorado como plataforma política ou fonte de enriquecimento pessoal;
Os “Armários” das perversidades que muitos Conferencistas de nossas igrejas se escondem, após suas turnês, onde destroem famílias através de seus apetites sexuais lascivos e insaciáveis;
O “Armário” da falsa moralidade que nós, como pastores e potenciais referências da igreja, nos trancamos, após fazermos discursos inflamados contra aquilo que ironicamente praticamos.
Por favor, não me interprete mal, não é uma apologia ao erro, mas há quem julgue ou condene os “Gays”, aqueles que “Saíram do Armário” e assumiram sua “Orientação sexual”, entretanto isso não é alçada minha, e sim de Deus.
Uma coisa é certa, é preciso ser muito “Macho” para “Sair do armário” e assumir ser homossexual enfrentando tudo e todos, coisa que muitos ditos cristãos não são, preferindo morar no “Armário de suas hipocrisias”, fingindo ser o que não são.
È tempo de “Sairmos do Armário”.
Quem não tiver um “Armário” que atire a primeira pedra.
Que Jesus nos expulse dos armários existenciais e nos salve para a sua Glória.
Comentários
Postar um comentário