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ATAJESUS - Escola Dominical - Lição 7 - Fomos escolhidos para produzir bons frutos

LIÇÃO 7 – 15 de novembro de 2015 – Editora BETEL


Fomos escolhidos para produzir bons frutos



TEXTO AUREO

“Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?” Jr 2.21

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto

VERDADE APLICADA

Se o coração humano é um solo fértil, o cristão certamente produzirá os frutos de uma vida transformada.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

• Mostrar cada reação do coração humano e esclarecer que existem verdadeiras e falsas conversões;
• Ensinar acerca dos diferentes tipos de coração e como reagem diante da Palavra que foi semeada;
• Esclarecer o que a parábola é para nós cristãos e que precisamos tomar uma posição concernente à nossa fé.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 13.3 - E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.
Mt 13.4 - E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;
Mt 13.5 - E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;
Mt 13.6 - Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
Mt 13.7 - E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.
Mt 13.8 - E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.

Introdução
A parábola do semeador trata da vida cotidiana e da reação do ser humano após receber a Palavra de Deus. Esta parábola é a alma mater de todas as outras parábolas (Mc 4.13). Por esta razão, Jesus fez questão de esclarecê-la.

1. A semente e os tipos de solo
A parábola do semeador descreve como começa o Reino de Deus. A semente é a Palavra de Deus; os vários tipos de solo representam os diferentes tipos de coração; e os resultados diversos refletem respostas diferentes à Palavra de Deus.

1.1. A Palavra apresentada em forma de semente
O que Jesus descreve aqui não é um período de grandes colheitas, mas sim, um tempo em que a Palavra de Deus seria rejeitada. Ele ilustrou cada reação humana de acordo com o lugar onde a semente foi semeada. Por que comparar a Palavra de Deus a sementes? Porque a Palavra é “viva e eficaz” (Hb 4.12). Ao contrário das palavras dos homens, a Palavra de Deus tem vida, que pode ser concedida àqueles que creem. A verdade de Deus deve se arraigar no coração, ser cultivada e estimulada a produzir frutos. O fruto é o que comprova a verdadeira salvação (Mt 7.16; Lc 6.43).
Apresente para os alunos a realidade surpreendente de que três quartos das sementes não produziram frutos (Mc 4.14-20). Esclareça para eles que o termo parábola significa “colocar ao lado”. Trata-se de uma história ou comparação colocada lado a lado com algum outro conceito, afim de esclarecer uma lição. O que vemos aqui, porém, não são parábolas comuns; Jesus as chama de “mistérios do reino dos céus” (Mt 13.11). Esclareça para eles que, no Novo Testamento, um “mistério" é uma verdade espiritual entendida apenas por meio da revelação divina. É um segredo santo conhecido apenas pelos mais íntimos, que aprendem do Senhor e lhe obedecem.

1.2. Nem toda semente germinará
Existem pessoas que fazem parte do rol de membros, que são batizadas, participam da ceia, mas nunca tiveram um encontro real com Jesus. Essa parábola indica que nem todas as sementes irão germinar e, se não podemos entendê-la, como foi o caso dos discípulos, não poderemos discernir que existem verdadeiras e falsas conversões por toda a extremidade do planeta. E isso sempre irá ocorrer em qualquer lugar que o Evangelho for pregado. Jesus apresentou várias situações, nas quais podemos identificar até mesmo que tipo de solo somos nós. Primeiro, o que ouve a Palavra e não entende. Segundo, o que não tem raiz em si mesmo e abandona o Evangelho por causa das provações e decepções. Terceiro, o que ouve, mas os cuidados do mundo e a sedução das riquezas abafam a Palavra. Por último, o que produz fruto porque é boa terra (Mt 13.19-23; Jo 5.39; Os 6.3).
Explique para os alunos que os corações duros do solo da margem da estrada absolutamente nada produzem. Estes ouvintes vivem num mundo totalmente diferente, não falam a mesma linguagem do Filho de Deus. Por quais motivos tais pessoas viriam ouvir Jesus? Curiosidade? Novidade? Moda? Talvez por qualquer deles, ou por todos. Não estavam, porém, querendo verdadeiramente ouvi-lo. Seja por presunçosa satisfação própria, ou por uma orgulhosa necessidade de saber tudo já, ou temor de e oposição a alguma desconfortável nova verdade sobre si mesmos, suas mentes estavam trancadas contra o Senhor e Seu Evangelho. O que deve ser feito com eles? Nada. Eles são sem esperança em sua teimosa dureza. Somente se Deus arasse um profundo sulco de ardente tragédia através de suas vidas poderia alguma abertura ser dada à semente viva.

1.3. Os cuidados com o coração
Jesus nunca se deixou impressionar pela grande multidão que o seguia. Ele sabia que a maior parte dessas pessoas jamais produziria os frutos de uma vida transformada. O coração humano deve ser como um solo fértil preparado para receber a boa semente de modo que esta crie raízes e produza frutos. É bom atentar para o que Jesus está ensinando, pois o coração humano sempre será o alvo de falsos ensinos, falsas paixões e, até mesmo, uma falsa salvação. A Bíblia fala de cristãos falsos; que acreditam num Evangelho falso; que forjam uma falsa justificação e que, no final dos tempos, chegarão ao cúmulo de produzir um falso Cristo (2Co 11.26; G1 1.6-9; Rm 10.1-3; 2Ts 2.1-12).
Explique para os alunos que o verbo ouvir (e seus correlatos) e usado 19 vezes em Mateus 13. A parábola do semeador é relatada nos três primeiros evangelhos e em cada um a admoestação final é diferente. É importante ouvir a Palavra de Deus, pois “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Jesus disse: “Quem tem ouvidos (para ouvir), ouça” (Mt 13.9); “Alentai no que ouvis” (Mc 4.24) e; “Vede, pois, como ouvis” (Lc 8.18).

2 Três corações e três inimigos
A parábola exposta por Jesus apresenta a semente (a Palavra de Deus) e o solo (o coração humano). Ela ensina que a revelação do mistério é para aqueles cujo coração é receptivo. No entanto, para os insensíveis, a verdade se encontra coberta por um véu (2Co 3.16). A parábola apresenta a semente sendo lançada em diferentes locais. Vejamos a aplicação de cada verdade produzida pela manifestação do solo.

2.1. O coração endurecido
A beira da estrada é passagem de muitos transeuntes, o que torna a terra endurecida e dificulta que a raiz da semente se aprofunde. Jesus disse: “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração” (Mt 13.19; Mc 4.4, 15). A semente chegou apenas à superfície, mas não penetrou o solo. A representação aqui são as pessoas destituídas de percepção espiritual. Pessoas cuja verdade jamais penetra na alma para que haja uma profunda transformação. Como seus corações são impenetráveis, o maligno vem e arrebata a verdade neles semeada. As “aves” representam os agentes do maligno (Mt 13.4).
Esclareça para os alunos que o crescimento excelente ocorre tanto para cima quanto para baixo, ao mesmo tempo. Se nosso coração permanece endurecido e não está sendo nutrido pela graça de Deus, a boa semente pode germinar por um tempo, mas murchará depois. Ressalte para eles que o segredo é firmar as raízes no solo.

2.2. O coração superficial
Jesus disse que essa segunda semente caiu em meio às pedras e logo nasceu porque não tinha terra funda. Ele diz que o sol a queimou e ela se secou porque não tinha “raiz” (Mt 13.5,6). Ele explica que são pessoas que, ao ouvir a Palavra, logo a recebem com alegria. Mas essas pessoas saem da presença de Deus com facilidade porque não firmaram suas raízes. São crentes emocionais que, ao sentirem o peso da angústia e as perseguições por causa da Palavra, se ofendem e vão embora (Mt 13.20, 21). Esse é um quadro típico das pessoas que encontramos afastadas de Cristo na atualidade. Elas sempre estão culpando alguém por estarem de fora. Porém, nunca firmaram suas raízes.
Explique para os alunos que estes entusiásticos ouvintes são deploravelmente faltos de cuidadosa previsão. Emocionalmente excitáveis e impulsivos, eles agem por circunstâncias imediatas (multidões excitáveis, etc.) mais do que por um entendimento do que é ensinado. Eles são negligentes de futuras exigências e desafios. Eles não têm cogitado de longos pensamentos. O Evangelho não desceu profundamente dentro de seu entendimento e vontade. Assim, quando as circunstâncias mudam, quando os dias difíceis de perseguição e adversidade chegam, não há raiz profunda de fé para sustentá-los. Eles não tinham pensado profundamente no Reino e em seu eterno valor. Tomar-se um discípulo parecia apenas a coisa a fazer no momento.

2.3. O coração abarrotado
Esse tipo de pessoa é aquele que recebeu a Palavra, mas não consegue se desvencilhar do que está à sua volta. Os “espinhos” são os “prazeres desta vida”. Prazeres inocentes em si mesmos, os quais a prosperidade mundana proporciona a quem a ela se entregar e sufocam a semente. Não podemos ter dois senhores. Se cuidarmos dos deleites da alma e deixarmos de alimentar a chama do Espírito, o resultado é morte por asfixia. As coisas não terminam de forma errada, elas começam erradas. O que proporcionou a morte da semente foi tanto o local onde nasceu quanto a forma como cresceu (Mt 13.22).
Explique para os alunos que cada um dos três tipos de coração infrutífero é influenciado por um inimigo diferente: no coração endurecido, o próprio Satanás rouba a semente; no coração superficial, a carne simula sentimentos religiosos; e no coração abarrotado, as coisas do mundo sufocam o crescimento e impedem a produção. Reforce para eles que estes são os três grandes inimigos do cristão: o mundo, a carne e o diabo (Ef 2.1-3).

3 O cristão e a consolidação da salvação
Ao falar sobre os determinados tipos de solos que receberam a semente, Jesus falava sobre um arrependimento superficial. Essa parábola não se dirige aos que estão de fora. Devemos observar que todas as sementes brotaram, mas houve somente um tipo de solo onde a semente firmou suas raízes e progrediu.

3.1. O Evangelho não é só felicidade
No afã de abarrotar as igrejas com cristãos, temos caído no desleixo de oferecer um Evangelho de satisfações sem a preocupação de um arrependimento (Lc 15.7). Não existe problema algum em d. - r que somos felizes com Cristo, porque somos realmente felizes. Porém, o Evangelho não pode tratar apenas de felicidade. O problema de termos pessoas superficialmente convertidas em nossas igrejas ocorre porque estamos oferecendo a solução sem antes ensinar o caminho da transformação.
Ilustre para os alunos a seguinte cena: “Se tivéssemos a grande oportunidade de voltar no tempo e escolhêssemos, por exemplo, o dia 10 de setembro de 2001, um dia antes das torres gêmeas caírem. Que mensagem nós pregaríamos: felicidade ou salvação? Não poderíamos alterar o destino das torres, teríamos apenas uma oportunidade de pregar. Será que eles entrariam salvos na eternidade com uma mensagem de felicidade?” (Pv 24.11; Hb 6.5, 6). Explique para eles que a realidade que devemos ter em mente é que a cada segundo milhares e milhares de almas caminham a passos largos para o inferno. E se nossa mensagem não é suficiente para livrar das garras do inferno uma pessoa que certamente morrerá nas próximas horas, então existe algo de errado com a nossa mensagem.

3.2. As falsas desculpas
As pessoas estão se afastando da presença de Deus porque estamos oferecendo graça sem lei (Palavra). Estamos a oferecer cura, sem avisar ao povo que eles estão enfermos. Temos que falar que eles estão caminhando para o inferno e não importa se são felizes ou infelizes (Mt 7.13). É comum as pessoas dizerem que não vêm mais porque se ofenderam; outros dizem que se esfriaram. Que desculpa esfarrapada para a falta de conversão! Jesus disse: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.16). Para ser vomitado deve-se estar na boca, isso prova que Jesus não fala para os ímpios.
Informe para os alunos que Jesus não estava falando para os ímpios, mas para aqueles que já se consideravam cristãos. Ressalte para eles a dura realidade de os mornos acreditarem que são salvos (Tg 1.22).

3.3. A tragédia do Evangelho moderno
Infelizmente, a tragédia do Evangelho moderno é que foi estabelecido outro caminho para que os pecadores pudessem vir a Cristo: o caminho da satisfação e a promessa de uma vida melhorada. Jesus disse que enquanto a Igreja dormia o inimigo semeou uma erva má (Mt 13.25). Durante cem anos, temos ensinado sobre a graça, porém, muitos se esqueceram de aplicar seu fundamento: a Palavra (lTm 6.3-10; Tt 1.9; 2.1).
Esclareça para os alunos que o inimigo é paciente. Não importa se ele não celebra agora porque acreditamos ser cristãos de ver-aa.de. Mas no dia do juízo, ele se rirá de muitos que fizeram coisas tremendas, mas não tiveram tempo de curar suas próprias vidas (Mt 7.21-23).

Conclusão
Vivemos um tempo difícil, onde o temor do Senhor foi esquecido das pregações da Palavra de Deus. Muitos pensam estar convertidos de verdade e essa parábola dita por Jesus nos ensina que precisamos rever nossos conceitos e voltar urgentemente para Sua lei (SI 19.7).

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º Trimestre de 2015, ano 25 nº 97 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – MATURIDADE ESPIRITUAL – Capacitando o cristão para cumprir os desígnios de deus com uma vida de fé e atitudes.

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