A DOUTRINA CALVINISTA E O ESFRIAMENTO DA FÉ - PRESBÍTERO MARCOS BENEDITO - 21/08/2025 - REDE GOSPEL OFICIAL
A Bíblia nos alerta constantemente sobre o perigo do esfriamento espiritual e da falsa segurança. Muitas interpretações da doutrina calvinista — especialmente a ideia de que “uma vez salvo, salvo para sempre” — podem contribuir para a negligência na vida cristã. Vejamos como:
1. Uma vez salvo, salvo para sempre – o perigo da falsa segurança
A crença de que, após aceitar a Cristo, nada mais importa, pode gerar uma falsa sensação de segurança espiritual. Isso leva muitos a não buscarem mais a presença de Deus com fervor, vivendo apenas de uma “experiência passada”.
Hebreus 3:12-13 – “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia... para que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.”
A Palavra mostra que é necessário permanecer firme na fé e vigiar, não viver de uma experiência isolada.
Jesus também disse:
Mateus 24:13 – “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.”
2. Afastamento dos compromissos com Deus – fé superficial
Se o cristão acredita que a salvação está garantida, mesmo sem vida de oração, santidade e consagração, facilmente cairá em uma fé superficial, protocolar e sem vida.
Apocalipse 3:15-16 – A igreja de Laodiceia foi repreendida por ser morna: “Assim, porque és morno e não és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.”
A frieza espiritual é resultado do distanciamento do verdadeiro compromisso com Cristo. O calvinismo, mal compreendido, pode gerar exatamente essa postura: pessoas que se dizem de Deus, mas vivem de forma relaxada.
3. A perda da esperança no sobrenatural – materialismo religioso
Outro efeito é que, ao acreditar que sua condição já está decidida para sempre, muitos deixam de buscar o sobrenatural de Deus (milagres, sinais, poder do Espírito Santo) e passam a viver uma fé intelectualizada, voltada mais para debates teológicos que para experiências vivas com o Senhor.
1 Coríntios 4:20 – “Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.”
Muitos acabam se apoiando no racionalismo e no materialismo, esquecendo que a vida cristã é uma caminhada diária de fé no sobrenatural.
Exemplo: os israelitas, mesmo vendo o mar vermelho se abrir, preferiram fixar seus olhos no deserto e no que lhes faltava, em vez de confiar no poder de Deus (Êxodo 16:3).
4. Arrogância e hipocrisia – práticas semelhantes às dos fariseus
A ideia de “salvo para sempre” também pode gerar arrogância espiritual. Muitos passam a julgar os outros e viver como se fossem intocáveis diante de Deus, repetindo o erro dos fariseus.
Lucas 18:11-12 – O fariseu orava de si para si mesmo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens... jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”
A salvação verdadeira, porém, nos leva à humildade e à dependência diária de Deus.
📖 Filipenses 2:12 – “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.”
Ou seja, não é viver de arrogância, mas em constante temor diante do Senhor.
A salvação em Cristo é uma dádiva preciosa, mas a Palavra nos chama para permanecer firmes, vigilantes e dependentes de Deus todos os dias.
A falsa segurança pode esfriar a fé, tornar a vida espiritual superficial e até produzir arrogância. Por isso, é fundamental compreender que a salvação é o início de uma jornada, não um ponto final.
1 Coríntios 9:27 – Paulo declarou: “Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado.
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